A ressonância foi marcada para 21:00hs....veja lá se isso é hora de se marcar um exame...mas fui sem reclamar, pois por mais uma NÃO COINCIDÊNCIA uma pessoa desistiu e eu peguei o lugar.
Esse exame é difícil de se marcar...enfim...
Alguém já fez ressonância aqui? examezinho sofrido...você fica de bruços com os peitos enfiados em um buraco em uma maca e depois entre naquele túnel fantasma...fique assim por uns 40 minutos e tomando contraste na veia.
A sensação não é boa, mas nos minutos que pensei em desistir lembrava do meu filho e pedia ao meu pai que faleceu há 9 meses que segurasse a minha mão. Ufa, consegui.
Foram longos 5 dias até o resultado e com ele em mãos fui para o restante da luta: a temida BIÓPSIA.
Tomei muita água benta dos programas do Padre Manzoti que minha mãe ouve e lá fui eu...
No caminho quando ia ao encontro da minha comadre que iria me acompanhar, decido mudar a estação de rádio e nessa troca ouço: VOCÊ QUE ESTÁ RECEBENDO HOJE O DIAGNÓSTICO DE UMA DOENÇA...você será curado...opa;;;esse cara tá falando comigo...
Neste exato momento algo dentro de mim já me avisava do resultado. Não se tratava de falta de fé, de pessimismo, nada disso...
Mas assim que estava com a ressonancia em mãos, levei até ao mastologista para pegar o pedido da biópsia...( aliás, 3 biópsias )...ele olhou os exames:
- Dr, e aí?
- Aí que é câncer sim.
- Não tem possibilidade de não ser?
- Não, Andreia. Não tem.
Aí ele começou a falar de tratamento, cirurgia...
Saí daquele hospital que nem doida, chorando, com pena de mim...só pensava em meu filho...ele é muito novinho, precisa de mim...
Voltando a biópsia.
Chegando lá minha médica anja veio me buscar na recepção...alegre, otimista, jovem, de bem com a vida...
- Bora, Andreia...
- Vai doer?
- Vai nada...
Minha comadre ficou na sala ao lado esperando.
Outra médica acompanhava e mais uma assistente.
TEntando resumir ao máximo esse episódio...: EU NÃO SENTI NADA...nem a agulha da anestesia local...sentia os gatilhos disparando na ponta das agulhas que foram ao todo 16 e 1 punção no final...pedi ao meu pai que segurasse minha mão novamente e juro...juro...que cheguei a sentir o calor das mãos dele na minha...
A médica me abraçou e disse que eu era muito forte...
Saí de lá fortalecida, mas ansiosa pelo que me aguardava.
Levamos o material para a análise e mais 7 dias úteis de tortura psicológica esperando o resultado..
Só Deus...
Caramba Andreia, nossa historia é mesmo muito parecida.
ResponderExcluirAté a água benta do Padre Manzoti a gente bebe hahaha.
Ainda vamos rir muito dessa fase, amiga (posso chama-la assim?)
Gdes beijos